segunda-feira, 29 de abril de 2013

Dançar é a alma expressando

  Dançar, um doce que TODOS deveriam provar.
Cada um com seu jeito, com sua liberdade, com sua expressão.
É vida, é equilíbrio, é saúde.
É o masculino, o feminino. É masculino e feminino entrelaçados.
É sentir sem se mover. É mover-se para sentir.
É leveza, peso, é arte!
É coletiva, é individual, dois, três ou mais.
É platéia e palco. 
É sapateada, em roda. É do samba, do pop ou do rock. É do ventre, é do índio, é do Homem. É dos bichos, do acasalamento, do casamento, é das crianças.
É cueca, tarantella, zorba ou celta. É tango, cigana e axé. É flamenco, hawaiana, gaúcha, africana, salsa e merengue!
É romance, paz e amor. É terapia. Conexão. Coração. É batimento, pulsação. 

A dança é a alma se expressando.

No mundo da dança todos podem.
Deixo algumas indicações:
Há um blog muito interessante que fala da dança materna: Dança Materna
Outra que me encanta é a Dança Sênior. É muito usada com idosos e no tratamento de Parkinson e Alzheimer.
Não quero deixar de citar uma das que me mais me fascina e indico: dança do ventre, uma das mais belas. É o feminino personificado.
Há um filme que não fala especificamente de dança, mas sim de vida e obviamente, em uma parte determinada, a dança está presente. É francês e chama-se: "Os Intocáveis". Baseado em história real, trata da amizade que surge entre um aristocrata que devido a um acidente fica tetraplégico e decide contratar um assistente para ajudá-lo nas funções do dia-a-dia. Acontece que, conforme o filme passa e ambos aprendem "a troca" (possível entre eles), aprendem um com o outro é possível também perceber que, o assistente mostra mais do que seus serviços físicos. Ensina-lhe a viver. Neste ponto, a dança entra e através da empatia, capacidade que nos foi cedida gentilmente, podemos sentir o quanto elas (a dança e música) são ricas, libertadoras e gostosas através dos olhos daquele que por dedução, pode-se achar enganosamente que não "se mexe". 
Vale a pena conferir!

Boa dança para vocês!

    

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Limpando X Despejando

Ano novo.
Muitas expectativas, planos, sonhos...
Marcado, muitas vezes, pela vontade de fazer coisas novas, diferentes... Mudanças.
Inclusive: Faxina emocional. 
Comprei a revista deste mês Vida Simples, porque além de gostar, havia uma matéria que me interessava e com o nome acima: Faxina Emocional. (Texto de Liane Alves, Fotografia de Alex Silva e Produção de Andrea Silva). Vale a pena conferir!

Faxina emocional, total relação com o blog, com reciclagem de emoções, sentimentos. Limpeza. 

Inicio com um trecho da matéria que concordo, falo e acredito: "... O primeiro passo para se desfazer dessa bigorna emocional é reconhecer que ela existe...". Tanta verdade. Não se dá o passo seguinte, se não temos claro que há algo ali, pesando, sufocando, incomodando. Atrasando? Talvez.

É muito bom fazer, na hora que nos interesse e que julguemos necessário, essa limpeza emocional. Carregar um peso ou deixar de assimilar as situações, sentimentos e emoções acontece e é sempre bom manter "o copo equilibrado". Liane, cita no texto uma boa forma de explicar isso: "...Sabe aqueles filtros que dão uma água pura, com leve gosto de terra e que é bom demais tomar? A água é deliciosa porque purificou-se. Dentro do filtro existe uma vela que retém os resíduos, que podem sujar e turvar o líquido. Assim se pode provar o real sabor da água. Agora imagine que, depois de 12 meses, sua capacidade de filtrar suas emoções esteja exaurida. E que sua vela metafórica esteja suja, imunda mesmo e precisando de uma troca...". 

Essa limpeza pode ter vários primeiros passos. Algumas pessoas, começam por partes físicas: casa, quarto, carro, objetos e outras coisas guardadas e de acordo com a forma como se conduz, cada coisa trocada, revisitada, jogada fora ou reorganizada traz algum sentimento. E nesse caminho, já se pode ver algum indício de limpeza emocional, ou ainda, abrir portas para essa limpeza.

Ok. Até ai, concordo, recomendo e acho saudável. Mas, até para limpar é preciso se ter algum tipo de tato. Sabe aquela história de jogar a sujeira para debaixo do tapete? Então...

A angustia ou o peso de algo está ali. Fato. Agora... O que fazer com isso? Jogo fora, passo o paninho, rasgo ou dou uma belo trato naquilo?

E o que seria "o belo trato"? Vamos lá! Vou fazer um "resumão" a partir de meu ponto de vista. Longe de querer ensinar os outros como fazer sua própria limpeza. Pelo contrário. Estou tecendo comentários sobre o que acho justo. Se é que se pode usar essa palavra. 

Dar um belo trato é: reconhecer (pelo menos a pontinha) o que está angustiando. Reconheceu? Não? Talvez, não esteja pronto para isso. Ou ainda, refletir mais um pouco não é uma má ideia. Mas, caso positivo: Ótimo! Muitas vezes, temos a tendência a acusar os outros de nosso sofrimento. E, para mim, essa é a limpeza errada! Acredito que ser honesto com aquilo que se pensa é um bom começo. O ser humano tende a julgar o que sente ou "como se sente" dizendo ou pensando que o outro o faz sentir assim. E, nem sempre isso é verdadeiro. Sabe aquela briguinha com o(a) namorado(a) em que se escuta: "Você não me acha bonita?". É mais ou menos isso. Pera lá. Na limpeza saudável, essa premissa deveria ser bem pensada: "Será que ele me acha feia mesmo? Ou será que EU estou me sentindo feia e qualquer coisa que ele diga me fará pensar que ele me acha feia?" "Ele me chamou de feia? Ah. Não. Mas, fez cara de que não gostou da minha roupa..." Será que não é interessante a(o) angustiada(a) conversar com o namorado(a)? E como se deve essa conversa? É justo dizer que ele a faz sentir feia? Não! Mas, talvez soe mais justo dizer: "Às vezes, EU sinto que você me acha feia. Isso é verdade? Ou você acha que pensei besteira?". 


Imagem retirada de Google: http://soprosdedentro.blogspot.com.br/2010/04/luz-das-trevas.html
Pode parecer um exemplo sem sentido. (O  centro da questão não é discutir que as mulheres sempre pensam que os homens a acham feias. Mas sim, como se conduz a conversa através de nossa limpeza emocional). Será justo "atacar" na cara do outro coisas que você sente e acha e ir embora "desabafado"? Não conversar, mas sim, condenar? Acredito, que tratar o outro como depósito de entulho em tom acusador, também não é limpar. Pode ser um começo. Até porque, talvez você não tenha um bom manejo para isso. Talvez, nunca tenha feito isso ou... Talvez, tenha se esquecido de como é fazer isso.

Antes de "atacar" alguma coisa sua no outro é interessante também, tentar perceber que essa é SUA limpeza e que talvez, o outro não esteja tão disposto para entender o que você dirá (limpará). Saber se o outro está bem, é respeitoso. Afinal, não é a limpeza dele.

Há tantas formas dessa limpeza acontecer. Ela não precisa ser apenas eliminando ou transformando pensamentos, sentimentos ou emoções (e objetos). Pode ser, através de alguma atividade também. Aquela atividade, que você não fez até agora por falta de tempo ou por vergonha... Pode ser uma dança, uma aula diferente, curso, algum instrumento musical, etc.

Para fechar o pensamento, termino com a citação de Liane em sua matéria: "...No processo alquímico, que o psicanalista suíço Carl Gustav Jung considerava uma grande metáfora dos processos psíquicos internos, a primeira fase de transformação é chamada de nigredo. Nela se trava contato com que é pesado, sombrio, sujo. É uma verdadeira descida aos infernos, e ela está associada ao chumbo, a Saturno, ao que é angustiante e difícil. A segunda fase é conhecida como albedo e está associada ao que é alvo, límpido, aquático e lunar. É a época da lavagem dessas águas escuras levantadas pela nigredo, um período de intensa purificação. Quando atravessavam essa fase, os alquimistas se referiam a si mesmos como "lavadeiras". Para os analistas junguianos, esse é um período mais leve e prazeroso, em que o analisado é capaz de perdoar, dissolver mágoas, cicatrizar feridas...".

Descer às nossas trevas não é fácil. Limpá-la muito menos. Mas, reconhecê-la é um bem maior para si mesmo. O caminho é gratificante!
Depois da chuva e acima das nuvens, está o Sol.


Imagem retirada de Google: http://blogpoesiaflordavida.blogspot.com.br/2011/09/somos-vencedores.html

Sentir-se acolhido

Recentemente, tive a oportunidade de vivenciar uma experiência que infelizmente não pude dar continuidade, mas achei a ideia fantástica.

Fui convidada à ajudar na alfabetização de crianças e adolescentes chineses. 

Se sei falar mandarim? Não. Seria um desafio. Mas, a proposta era que eu ficasse com uma sala de alunos que já tinham o Português iniciado.

Fiquei encantada com a proposta da escola. Ela recebe essa turminha de forma acolhedora.
As crianças com quem fiquei, não falavam quase nada de Português, mas ainda assim "me encariñé" (acho, essa palavra española mais cabível no texto) por eles. Minha visão foi totalmente diferente, porque vi além do idioma. Pude ver além da fala que, muito mais que ter que se adaptar com a linguagem brasileira, tinham que lidar com: cultura, diferenças e provavelmente a falta dos pais, pois muitos deles vieram à trabalho para cá. Portanto, essas crianças passavam um bom tempo na escola e só no final da tarde iam para suas casas.

Mas, a ideia por trás disso é carinhosa, interessante e respeitosa com seus conterrâneos. Tenho irmãos estrangeiros que passaram por essa adaptação também, e imagino (não posso dizer que sei) o quanto deva ter sido em alguns momentos, difícil e assustador todo esse processo. Uma vez, que tiveram que "se virar" à suas formas.

Ter alguém com quem você possa esclarecer suas dúvidas escolares e de "quebra" suprir, mesmo que seja pouquinho, o carinho e a falta de quem quer que seja, é muito rico! Ora, não falo o idioma, mas me coloquei em seus lugares e pensei nos avós deles, nos tios, em suas casas e cantinhos, seus amigos, talvez seu pai, talvez sua mãe... Suas vidas.

Mandarim não é fácil. Mas, o que é possível ver além da fala? Ver aqueles rostinhos meigos tentando dizer "Oi, tudo bem?" foi a sensação mais meiga que tive nesse começo de ano. 
No segundo dia, receber um abraço sincero e ver que para eles, estar ali era mais do que entender as palavras ou contas matemáticas das escolas brasileiras em que estão matriculados, foi um conjunto de emoções. Aprender a falar Luòtuo (que quer dizer camelo), jogar Jiandão Shítou Bù (Jo Ken Po)... Foi gratificante, mesmo eu não podendo ficar mais ali e tendo que tomar a difícil decisão de recusar a vaga.

Foi angustiante, por dentro eu dizia: "Eu consigo". Mas, meu outro lado: "Não, você não consegue, deixe isso para quem sabe!". Além de outras decisões que precisaria fazer e que não cabem aqui. Difícil. Mas, quem disse que seria fácil? Às vezes, é preciso saber, até quando abrir mão de algo. No meio do caminho, mudaram minha função e sala e, nesse caso, eu não poderia ajudar da forma que se esperava. E enfim... Saí de cena. 

A questão é: Brasil, um país que recebe à todos. Essa escola, apesar de ter a iniciativa chinesa, está instalada aqui. Riquíssima a ideia de além de ajudar na adaptação escolar, oferecer acolhimento! Torna essa passagem, menos dolorosa... Menos frustrante... Menos fria.
Quem não gosta de se sentir acolhido? E há quem goste de acolher. É belo!
Aprendi muito em pouco tempo! 

Valeu a experiência e a reflexão! 

Imagem retirada de google: http://pt.dreamstime.com/fotografia-de-stock-royalty-free-crian%C3%A7a-chinesa-feliz-image7002027

Feliz Ano Novo!

Desejo à todos um feliz 2013!

Cada um de sua forma.

Especial à maneira que queremos, precisamos e esperamos!!!